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Busco tua janela, errante
Olho teu corpo e admiro
Minha voz, já sussurrante,
Não é senão um suspiro
Bebo, guloso, o teu sangue
Permito que me seduzas
Deixo o leito ainda exangue
Peço a ti que me conduzas
Desprezei todas as musas
Para ser só teu amante
Diante de tuas escusas
Torno-me um vil visitante
P'ra desejar-te 'inda mais
Em silêncio me retiro
De meus nobres ancestrais
Trago a marca do Vampiro
Se é teu beijo o que me anima
Eu me rendo ao teu jogo
Bebo da matéria-prima
Sem súplica, medo ou rogo
E assim escrevo a história
Mudando nosso final
Já não busco a vitória
Só desejo ser mortal
Se te mato, é a mim que firo
Se fico longe, expiro
Nesse insano Amor-Vampiro
De sangue, de gozo, deliro
Poesia de autoria de Tatiana Alves
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