quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Dica de filme: A Sombra do Vampiro


A dica cinéfila de hoje do blog é o filme A Sombra do Vampiro (Shadow of the Vampire, 2000) dirigido por E. Elias Merhige e estrelado por John Malkovich, Willem Dafoe, Cary Elwes, Eddie Izzard e Udo Kier. O filme faz uma homenagem ao filme Nosferatu de F.W. Murnau que já comentei aqui no blog.

Willem Dafoe está simplesmente extraordinário no papel de Nosferatu, com uma maquiagem impressionante. A cada aparição, a gente sente o sangue gelar. A direção também é bem feita. Filmado nas proximidades dos castelos de Luxemburgo, o filme é cheio de tomadas rápidas, com muitas sombras e detalhes. Algumas cenas do filme original do diretor estão praticamente idênticas às concebidas pela direção atual. Praticamente é uma refilmagem, com mistura de documentário e cenas de bastidores. Para criar mais realismo, mostraram que em algumas tomadas alguns "acidentes" que foram para a tela do cinema, na verdade fizeram parte de algum acontecimento intrigante da produção. Por exemplo, a morte do vampiro Nosferatu na produção original também é a morte do personagem, da criatura. Portanto, a cena não poderia ter sido mais realista.
É interessante ver o medo dos atores que iriam contracenar com o vampiro. Todos temiam trabalhar ao lado de uma criatura tão grotesca e selvagem. Mas o filme é cheio de humor também. È engraçado ver Nosferatu tentando atuar de forma adequada, sendo que, na verdade, ele é um vampiro mesmo, fazendo papel dele mesmo. Alguns atores até elogiam sua "improvisação" e seu modo de falar.

Sinopse: Na Checoslováquia, F. W. Murnau (John Malkovich) está filmando "Nosferatu". Na verdade é o Drácula de Bram Stoker, mas como não foi autorizado pela família do autor, Murnau mudou alguns nomes e detalhes e continuou seu projeto. Desejando fortemente fazer seu filme mais autêntico, ele contrata um vampiro de verdade para o papel principal. O elenco está curioso, pois ninguém conhece Max Schreck (Willem Dafoe), mas Murnau explica que Schreck estudou com Stanislavsky e se entrega totalmente ao papel, assim nunca deixa de ser o personagem, nem mesmo fora dos horários de filmagem. Quando Max Schreck surge, não se revela um ator estranho ou temperamental, mas totalmente bizarro, pois sempre está maquiado, só filma à noite e fica bastante descontrolado quando vê sangue. Além disto, após filmá-lo, Wolfgang Müller (Ronan Vilbert), o diretor de fotografia, fica muito doente e logo fica claro que Schreck colocou seus caninos no pescoço de Müller. O diretor o pressiona para que o acordo entre os dois seja cumprido, na qual ele tem de se controlar para ganhar seu "prêmio": o pescoço de Greta Schroeder (Catherine McCormack), a estrela do filme. Mas enquanto as filmagens transcorrem, Schreck não dá importância para as ameaças de Murnau e fica cada vez mais incontrolável. O diretor vai até Berlim internar Müller e voltar para à Checoslováquia com Fritz Arno Wagner (Cary Elwes), o novo diretor de fotografia, mas enquanto isto, Albin Grau (Udo Kier), o produtor e Henrick Galeen, o roteirista, tentam descobrir quem é realmente Max Schreck.

Fonte: Boca do Inferno

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