domingo, 15 de novembro de 2009

Poesia: Na Pele de uma Vampira


Quando a noite vem, só e fria,
eu fico a imaginar o infinito
desta minha curta vida,
que promete ser distante;
a fome por um ser fresco
apodera-se da minha mente.
Mas a pena de tirar uma vida,
instala-se nesse coração ainda quente.
A necessidade choca com a ética.
A solidão mórbida submerge.
Tenho nas minhas mãos
o poder de dar a vida eterna,
mas será justo dar vida já morta?
A eternidade é sedutora,
mas o poder de sentir "Amor" é vida!
E esta vida insanguinea que levo, já é morte...
Muitos são aqueles que me pedem a vida,
mas que vida posso eu dar se já sou cinzas?
O desejo de ter alguém para partilhar o mundo
é grande, forte e egoísta.
Estas noites de "cinza-fúnebre"
que assombram e seduzem olhares curiosos,
saciam meu ser com sede de vida fresca,
mas a vítima perfeita, ainda não encontrei.
Alguém que tenha o mesmo sentimento atroz,
que tenha sede de infinito...
Tenho a eternidade para o procurar,
mas tenho a incerteza se ele existirá...


Poesia de autoria de Ana Patrícia Diogo

Nenhum comentário:

Postar um comentário